Saturday, October 28, 2006

Ir de viagem sempre me agradou. Quanto mais não seja pelas visitas ao aeroporto/aeroportos de que tenho boas memórias. Gosto de ir de viagem. Daquela lufa-lufa das malas e do que falta e do que deixámos para trás. Gosto especialmente de tentar encontrar o único recanto do aeroporto em que se possa fumar. Gosto de chegar um pouco em cima da hora, o suficiente para não perder o avião mas adquirir aquele ar ocupado executivo de que alguns, direi yuppies, se orgulham. Gosto de chegar a um hotel e a um quarto de toalhas brancas e pequenos sabonetes. Gosto de investigar o que nos forneceram, nas gavetas, no mini bar, na casa de banho. Gosto da sensação de neutralidade. Gosto de sair para jantar e voltar a outras toalhas, mini sabonetes e mini bar. Gosto de croissants e pequenos almoços que não teria a coragem de digerir aqui. Gosto de ter ainda muitos dias por gozar até estar de volta. Já nem falo da sensação de descoberta, porque gosto de voltar muitas vezes ao mesmo local. Ou melhor, falo da descoberta, mas de pequeninas coisas, banais. Aquelas que já sabemos que estão lá.

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