Friday, March 28, 2008


A febre de Sexta à noite nunca soube tão bem quanto agora. É verdade que há quase quatro meses que estou em casa, pelo que a sensação de sexta se repete indefinidamente todos os dias de semana. 
Mas, on a closer look, não é bem assim. 
É que o dia a seguir é comungado com a mesma felicidade pelos outros membros da família, vulgo o marido e até o filho. Parece que o meu rebento já percebe quando é fim de semana. Talvez porque na sexta a televisão fica ligada mais tempo e o meu cansaço, ainda que tenha atingido um grau inexplicável, abstrai face à alegria já tradicional de uma sexta à noite.
É um fenómeno curioso. 
Já não me fazem falta as grandes noites de sexta, com direito a jantar e a bar e a discoteca e a uma quantidade irrevelável de bebidas alcoólicas.
Continuo a gostar de jantaradas e de música (dispenso as bebidas alcoólicas por ossos do ofício maternal), mas não há nada que eu não possa ter em casa, com um grupo de amigos. 
Ou estou a ficar velha, hipótese que não excluo, ou estou a ficar menos paciente. 
Porque há uma enorme dose de paciência associada a ficar duas horas para estacionar na 24 de Julho, mais uma hora para nos servirem, mais duas para que nos tragam uma caipirinha e acabar a noite numa discoteca à pinha em que só se consegue ouvir uma conversa na casa de banho.
Decididamente, se isto é estar a ficar velha, não tenho nada a opor (das rugas trato eu, para além de que sempre me pareceu que a frequência assídua de discotecas me daria mais rugas do que três sessões seguidas de cinema em casa).

1 Comments:

Blogger Trendy Jorge said...

Confesso que, por mim, não saía sequer de casa.

Não vejo qual o interesse de sair à rua e ver-me obrigado a aturar a presença de pessoas para além daquelas com quem desejo estar.

Sempre que posso fico em casa, e não há melhor sensação da que a não ser obrigado a sair. Sexta é, normalmente, o começo dessa sensação.

9:39 AM  

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