Friday, December 29, 2006

A um passo do Ano Noivo e só penso em noivados. Talvez por isso tenha escrito
Noivo... Estou cheia de dicas e contactos e conselhos e nem sei por onde me virar. Era bom que tivesse uns bons tostões para contratar quem me tratasse de tudo, menos vestir vestidos de noiva. Adoro vestir vestidos de noiva. São pesados, impõem respeito e aquele ritual do tira por cima aperta, reaperta, agarra a saia ao caminhar é enternecedor. Ontem fui experimentar os primeiros. Não sabia dos palanques que as lojas colocam nos vestuários nem do par de sapatos de noiva que aí deixa perdido, quem sabe a inspirar a compra dos acessórios. Tenho de dar a mão à palmatória - no século XVI é que se vivia. Não há nada mais sensual que saias enormes a arrastar pelo chão nem nada mais snob que vestidos de seda selvagem. Voltar à calça de fazenda, depois de carregar um "fardo" assim, foi um tédio. Principalmente, se temos de trabalhar à tarde...

Sunday, December 24, 2006



A começar aqui...


É aqui, em finais de Maio!!!! E mais não digo...

Saturday, December 23, 2006


FELIZ NATAL A TODOS!!! E, caso não saibam o que me oferecer, qualquer versão de malas de pele enormes, cintos largos e saias da moda será benvinda. Livros e CD's tenho em demasia...
Lenda do Pai Natal
«O HOMEM DAS BARBAS BRANCAS » - A Verdadeira história do Pai Natal


Segundo os relatos históricos, São Nicolau, também conhecido por Santa Claus, nome que deriva de Santus Nicolaus, terá sido Bispo de Mira, em Dembre, na actual Turquia. Nasceu em Lycia, no sudoeste da Ásia Menor, entre o século III e IV. Os relatos apontam os anos 270 (século III) ou 350 (século IV). A disparidade de datas é frequente quando falamos de relatos muito antigos referentes a pessoas célebres na sua época. Nicolau fez viagens para o Egipto e Palestina onde se formou bispo.
A data da sua morte também não é certa. Há relatos que apontam a sua morte para o ano 342 o que torna impossível o seu nascimento em 350. Nessa altura era um homem muito respeitado em todo o mundo cristão. Foi sepultado durante o século VI num santuário e no local surgiu uma nascente de água. Já no século XI, em 1087, os restos mortais e relíquias de Nicolau foram transladados para Bari na Itália e então passou a ser conhecido como São Nicolau de Bari. Rapidamente o local se transformou num centro de peregrinação e a ele se associaram muitos milagres relacionados com a oferta de presentes. A sua popularidade aumentou e o santo viu-se transformado em símbolo, estando directamente relacionado com o nascimento de Jesus Cristo, já que os princípios de dar sem pedir em troca são também máximas de cristo.
Ficou também como um dos santos mais populares da história da cristandade, sendo o protector não só dos mais pequenos. Também marinheiros, escravos, pobres e presos se dizem protegidos pelo santo, isto porque São Nicolau esteve preso no reinado de Diocleciano, durante a perseguição aos cristãos, ficando encarcerado por muito tempo. Mas mais tarde Constantino, O Grande ordenou a libertação de vários presos religiosos entre os quais se encontrava Nicolau.

A sua fama vem-lhe da sua generosidade com os mais desfavorecidos, em particular crianças que protegia com toda a dedicação. As lendas e histórias que se associam à vida deste homem são muitas, mas todas se prendem com a sua bondade e protecção dos mais desprotegidos. Assim, há uma lenda que diz que Nicolau ressuscitou três crianças, convertendo-as em fiéis dedicados e seguidores. Outra ainda refere que o pai de Nicolau era senhor de grande fortuna, que lhe deixou em herança, na altura da sua morte. Assim o santo pode continuar a ajudar as pessoas. Conta a lenda que Nicolau ajudou uma família sua vizinha que vivia tempos de necessidade. Quando uma das filhas resolveu casar, o seu pai sem dinheiro chorava o dia inteiro pois não tinha meios para dar um casamento digno à sua filha. Assim São Nicolau encheu uma bolsa de moedas de ouro e, de noite, sem ser visto, depositou-a na janela do vizinho. A jovem casou com um belo dote e ficaram todos felizes. Um pouco mais tarde a história repetiu-se a com a segunda filha do vizinho. Mas, desconfiado, o vizinho de Nicolau, quando se preparava para casar a terceira filha, escondeu-se durante a noite, próximo da dita janela e descobriu o seu protector. Espalhou-se a notícia aos pobres e crianças.
Mas esta lenda apresenta outra versão que diz que São Nicolau salvou três jovens da prostituição, filhas de um homem pobre. Encheu uma bolsa de ouro e atirou-a pela janela da casa vizinha, acabando com os problemas económicos da família e dando a cada jovem a possibilidade de casar dignamente, com um dote apropriado.

Assim, com o passar dos anos e com as ajudas que dava a todos os que o rodeavam, principalmente crianças sem protecção e abandonadas, São Nicolau ficou para a história como um homem bom e generoso. Nuns locais dizia-se que se deslocava num trenó puxado por oito renas, noutros a figura do velhinho de longas barbas brancas aparecia num burrinho, trazendo um saco cheio de presentes. Mais tarde a lenda e as palavras do povo acreditavam que este santo homem descia pelas chaminés das casas, de noite, para deixar os seus presentes, nas meias e sapatinhos das crianças (principalmente na Suécia e Nortuega). A sua figura viveu até aos nossos dias, por diversas razões, como o Pai Natal, símbolo de dádiva, amor e fraternidade, que também caracteriza o Natal Cristão.

Monday, December 18, 2006



Finalmente é Natal. Tenho uma mini e muy artificial árvore de Natal em tons de vermelho e prata e design dinâmico em casa. Tenho dez velas com cheiro a laranja e quinhentas caixas de chocolates para embrulhar. Estou também de férias. O que muito ajuda as visitas quase diárias ao Corte Inglês para o consumo próprio da época. Tenho umas prendas fantásticas. Nada melhor que o stress pré-Natal. Adoro a confusão das compras, os sacos em número apreciável, o cheiro das castanhas e o frio. Adoro estar à espera que me embrulhem uma caneta num papel três vezes maior do que devia. Adoro fintar a multidão no meio dos Centros Comerciais em hora de ponta natalícia. Adoro esta enorme confusão. Mais, mais do que tudo, adoro o que me envolve. As pessoas, certas e determinadas pessoas. Hoje vi um filme em que se dizia, a certa altura, que a maior forma de amar é a escrita. Fica registada. Pois é, vou ser pirosa, dengosa, lamechas e até ridícula: adoro pessoas. Deve ser do Natal...

Wednesday, December 13, 2006

Hoje assisti da primeira bancada ao revirar de olhos quando o cliente nos trai. Nada comigo, penso eu, quando me trairem não quero perceber. De ouvido inconscientemente à escuta, escutei que há um cliente que também é cliente de outros e que nos trai. Leva-me a pensar: e depois? Famigerada profissão.

Fala-se de relações de confiança, e de coisa e tal, e afinal havia outro...

Ontem tive um julgamento de uma acção de honorários. Nada mais deprimente. Trabalhamos, trabalhamos, e depois vem o egoísta cliente dizer que não paga porque é caro, porque não foi bom, porque estava extenso demais ou pequeno demais, porque isto e aquilo.

Às vezes farto-me destes tipos. Têm o rei na barriga, abusam da nossa boa vontade e do nosso "mecenato" e depois desaparecem sem deixar rasto, salvo a factura pendente e pronta para acção judicial.

É por isso que não quero, pelo menos por enquanto, ser sócia de coisa alguma que pressuponha entrada de capital sem destino certo. O conceito de trabalha o que podes, recebe o que mereces e não te preocupes com o resto agrada-me. Não tenho paciência para os espertinhos à portuguesa nem para os maus pagadores.

Estes injustos clientes deveriam era sofrer as visitas de cobradores do fraque com direito a apriosionamento estilo Casino Royale. Talvez assim sentissem na pele (para quem viu o filme, esse "sentimento" pode ser assustador) o nosso mau grado com a infidelidade e deslealdade para com a nossa classe.

Hoje deu-me para isto.

Sunday, December 10, 2006

No outro dia li um post de uma das minhas admiráveis bloguistas sobre mudar de casa e apercebi-me que tenho muito a dizer sobre isso. Não tanto sobre mudar de casa quanto sobre viver com um espécime de sexo masculino. Já lá vai um ano e alguns meses desde que comecei a viver em união de facto. É um facto que viver nessas condições pode ser um tiro no escuro, mas acertei. Claro está que, como qualquer espécime desta "raça", há um ou outro pormenor de desarrumação que me mexe com os nervos. Mas são os outros pormenores que me deram vontade de escrever.

Começa pela manhã, preguiçosa de segunda feira. Sou eu quem se levanta primeiro. Levantar o espécime, vulgo acordar, torna-se uma tarefa aventureira. Não há despertador, abanão, gritinho histérico que o acordem à primeira. Após tentativas desesperadas para lhe dar a conhecer a luz do dia, lá se levanta, adoravelmente ensonado. Não há imagem melhor, acreditem. Passeio apressadamente o cão e volto para o encontrar fresco no jornal e no parco pequeno almoço. Corro para o metro com a vontade de ficar largada no sofá.

A calma ponderada do espécime, enquanto bebe o iogurte e acaricia o cão, não perturbada pela constatação de uma segunda cinzenta. O dia decorre sem interesse.

Voltamos ao final do dia. Há mil DVDs, bifes para fritar, o cão para passear, a escolha da série de hoje e o adormecer. Nada entediante, a repetição dos dias. Para quem ainda não viveu ou não pensa viver em "alegado" pecado, fica o testemunho. É fantástico na mesma proporção que o nosso espécime o seja. E não precisa de nos surpreender com jantares à luz de velas nem fantasias eróticas a partir das 20h00 para ser simplesmente fantástico. Nunca entendi aqueles que entendiam o tédio no dia a dia.

Gosto desse tédio. Gosto da repetição da casa algo desarrumada e até dos meus protestos. Gosto da forma como responde abrindo os olhos. Gosto que embirre comigo quando embirro com ele. Gosto que me acorde no final das séries porque são duas da manhã. Gosto que peça ao cão para não aborrecer a "doninha".Gosto de pedir ao cão que não aborreça o "doninho". Gosto da sua doce calma.

Gosto de viver com este espécime.