Tuesday, November 28, 2006

Ora bem. Vamos por partes. Tem-se falado muito na qualidade do Casino Royale, na interpretação de Daniel Craig, na banalidade e outros adjectivos da realização, etecetera e tal.

Tal dimensão de crítica e a publicidade que se lhe seguiram forçam-me a registar aqui a minha muy modesta e despudorada opinião. Sem grandes conhecimentos de causa.

Nunca fui grande apreciadora de Bond. Não sei quantos filmes já foram realizados nem de cor e salteado o nome dos James Bonds que se seguiram. Creio, sem grandes certezas, terão sido 5, e claro que sei quem é Sean Connery, Pierce Brosnan, Timolthy Dalton e Roger Moore. Não me recordo do nome do outro/outros (?). Também já tinha visto o Daniel Craig.

Não compro James Bond nem faço downloads e também não acompanhei a saga de filmes com que a TV nos presenteou este fim de semana.

Atenção: quando me refiro a não ser apreciadora, não quer com isso dizer que não me divirta e que nem me passe pela cabeça ir ao cinema de propósito. Só não é o que mais gosto.

Posso, por exemplo, dizer que qualquer filme realizado pelo Wes Anderson - não são muitos, sei-os de cor - Rushmore, Royal Tenembaum ou Um Peixe Fora de Água (creio que não fez mais nenhum) - esses sim, levar-me-iam a qualquer club de video caso o download não resultasse. São como aqueles desejos de grávida, às vezes tenho uma vontade louca de os ver de novo, seja a que horas for (nunca estive grávida, refira-se).

Isso não acontece com o James Bond.
Este fim de semana fui ver, contudo, o Casino Royale. E gostei. Gostei bastante, o que me surpreendeu. É mais banal, mais terreno, mais ingénuo, mais murros e menos tiros, mais pesado, mais romântico, mais tudo que os restantes.

Custa que seja o primeiro. Porque dizem os especialistas que a intenção é apurar posteriormente o gosto, o charme, o estilo de James Bond. É consabido que, segundo a ordem natural das coisas, e daquele tal princípio empírico da experiência, é normal que tal venha a suceder e que nos deparassemos, uns anos mais tarde, com um James Bond que é Bond, James Bond e que quer a sua bebida de determinada forma.

Para quem nada é indiferente e para quem as mulheres são objectos dos seus desejos e tomam o seu nome ao invés do nome próprio.

Que não se deixa enganar pelos maus, muito menos pela mulher que ama, porque já a topou a milhas no genérico. Muito bem, é a imagem de marca. ~

Mas não sejo mal nenhum em dar aos "bois" o nome que têm. Se o homem é o que é, que problema há em aceitar que não nasceu ensinado?

Por mim, que, como disse, não sou grande conhecedora, admito que este novo - velho - renascido James Bond deu-me vontade de ir ao club de vídeo seja a que hora for.

Thursday, November 23, 2006


Todos os fins de semana estou no Twin Towers.

Ou porque tenho de ir ao Supermercado, ou porque tenho de entregar roupa na lavandaria, ou que quero arranjar as mãos ou o cabelo, ou porque vou ao cinema, ou porque quero comprar roupa, ou para levar sushi para casa...

Isto leva-me a divagar, até que ponto necessitamos destes pequenos espaços circunscritos e arrumadinhos. É uma terrível dependência. E já não falo do consumismo porque na maioria das vezes se trata de funcionalidades. De todo o modo, seria preferível não ter de o fazer, em sistema contínuo, automático, todos os fins de semana.

Talvez com um quintal, uma boa máquina de lavar e secar, umas unhas perfeitas e um cabelo Vidal Sasson, um bom leitor de DVDs e uma desnecessidade de mudar de roupa de dois em dois meses.

E também, talvez o mais preocupante, quando aprender a cozinhar.

Sunday, November 19, 2006

Ontem descobri o local do enlace. Parece retirado de um livro de Eça de Queiroz mas sem ser em Sintra. Tem mais heras e vegetação e cor do que supunha possível, e tem estilo, porte, sobriedade. É mesmo lá. Sabem a sensação que se tem quando se sabe - simplesmente se sabe - que é isto ou aquilo?

Dizem que só se tem essa sensação com o amor mas parece-me que não. Tremi. É ali. Casar-me-ia mil vezes ali. Naturalmente com a mesma vítima. Aquela cuja paciência não se esgota com os relatos cansativos de finais de filme ou com a minha desarrumação permanente.

Em boa verdade, juridicamente falando, casar-me-ia em qualquer local.

Mas havendo escolha, alguma capacidade financeira e vontade, porque não começar em estilo?

Thursday, November 16, 2006

Respondendo a uma recente desafio de Mimi, uma feroz bloguista, venho relatar cinco manias minhas:

1 - Comer três quadrados de chocolate antes de dormir, com um ritmo quase diário;
2 - Adormecer sempre a dez minutos do final de cada Sem Rasto, mesmo antes de se descobrir a vítima e o assassino e perguntar dez minutos depois do final como acabou, com todos os possíveis pormenores que a minha "vitima" se lembrar;
3 - Comprar uma média de três a quatro batons do cieiro por mês;
4 - Falar com o cão sobre a forma como a vida me está a correr;

And last,

5 - Um bom cigarro sempre que falo ao telefone.

Tuesday, November 14, 2006


Crianças e animaizinhos. Uma delícia...

Portugal é um país pequenino, pequenino, pequenino. Mas vale muito mais do que dão por ele.

Eu sei que o meu espírito é tendencialmente canino, mas há coisas com piada...
Estou com uma certa irritação. Já me passa.

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Pois é, estou satisfeita. De vez em quando acontece. No outro dia vi o Diabo veste Prada e por pouco não saí disparada do amuado gabinete de escritório e fui às compras. Há quem se vista bem...Chamem-me fútil e capitalista, mas a imagem vale muito mais que muitos intelectualismos de ponta. Agora só as meninas: ninguém negue que sair de casa bem vestida e perfumada dá-nos aquele patine que nenhum livro de 400 páginas e 300 notas de rodapé consegue fornecer. A conversa essa, não sei se há repararam, todo o povo a vai tendo. Agora já se vê qualquer orador em qualquer banco de metro. Logo, assuma-se, a linguagem cara já é, de certa forma, do conhecimento público. Agora, vestir bem, isso ainda não. Por isso, vejam o que o Diabo tem para nos dizer e vistam-se bem. O resto, vulgo, os intelectualismos, afastam-se em trÊs tempos com o pretexto de que há que aproveitar os saldos.

Friday, November 03, 2006

Aqui está ele!!!
Parabéns ao meu canídeo com 5 meses de vida!! Feitos hoje. O estilo, a sobriedade, o olhar profundo...